terça-feira, 6 de novembro de 2007

Tempo

Há um tempo para tudo, digo eu muitas vezes.

Há um tempo para isto, um tempo para aquilo, um tempo para sei lá o quê.

Então porque não há tempo para nos dedicarmos uns aos outros? Porque estamos tão embrulhados nos afazeres do dia-a-dia que não paramos para nos encontrarmos e contemplar? Porque não cultivamos amizades? É preciso tempo e não o há....
Ou talvez haja, mas inventam-se desculpas porque não apetece ir. Há tempo para isso. Afinal vamos estar aqui para sempre por isso qual a necessidade de nos encontrarmos com amigos? Conviver...

Tenho amigas que desde que casaram e tiveram filhos que não têm tempo para nada. Ou não têm tempo para mim. Não vou dizer que não me importo, que também tenho o meu filho e marido e ocupo o meu tempo com eles. Mas os nossos filhos podiam brincar, ou não? Não era bom os nossos filhos brincarem juntos e serem amigos, tal como nós fomos? Daqui a uns largos anos iriam saír à noite juntos, tal como nós fizemos. Não seria bom?

Pois, mas não há tempo. Não há tempo para desbrotar a amizade deles e fazê-la crescer como a nossa. A culpa é dos maridos? Talvez sim. Quero acreditar que sim. Acho que sim. Mas porque são eles que ditam o que fazer? O meu não dita nada. Respeita-me demasiado para isso.

Amigas tenho pena de vos ver sempre sózinha. Tenho pena que os nossos filhos não brinquem. Tenho pena.

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